Arnaldo Jardim
Há tempos, países como Alemanha e Japão vincularam suas políticas públicas de preservação do meio ambiente ao estímulo de novos negócios e o fortalecimento da economia.
A Alemanha, por exemplo, criou subsídios para a energia eólica, que deverá representar 20% de sua matriz energética, o que deve criar 10 mil novos postos de trabalho na indústria de energia renovável, até 2020.
Hoje, o mercado da reciclagem no Japão movimenta mais de US$ 60 bilhões/ano, reflexo da rigorosa legislação que obrigou as empresas a adotarem percentuais de reciclagem de acordo com a sua área de atuação.
Em São Paulo, o recente lançamento do Projeto Município Verde, um dos 21 programas estratégicos prioritários do governo paulista, anunciado por José Serra, juntamente com o Secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, simboliza uma mudança de rumos e indica que a questão ambiental passa a integrar em definitivo a agenda política. A tendência é que as cidades que aderirem ao programa possam atrair cada vez mais empresas adotarem políticas de sustentabilidade – um movimento ainda pequeno, mas que em breve deverá crescer exponencialmente.
O Prefeito Kassab anunciou parceria com a Biogás que poderá render aos cofres municipais cerca de R$ 30 milhões, com o leilão dos créditos de carbono obtidos a partir do aproveitamento do gás metano produzido pela decomposição do lixo no Aterro Bandeirantes.
Estes exemplos demonstram que as políticas públicas compromissadas com o meio ambiente se consolidam quando são capazes de impulsionar novas oportunidades de negócios e contribuem para o crescimento sustentável do País.
Deputado Arnaldo Jardim
Compartilhe nas Redes Sociais